quinta-feira, 24 de julho de 2008

Finalmente

Ontem, após mais de 20 anos de espera, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis(IBAMA) concedeu a licença ambiental para a construção da Usina Nuclear de Angra 3. Mas, para que a usina possa funcionar, o IBAMA fez 60 exigêcnias que deveram ser cumpridas pela Eletronuclear, responsável estatal pela energia nuclear no Brasil. Você poderia pensar que depois de tanto tempo, finalmente as autoridades veêm a energia nuclear com bons olhos, mas não é bem assim. O próprio ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, se diz contrário a idéia de usinas nucleares. A verdade é que a energia nuclear será a energia do futuro e precisamos dela. Ao contrário do que muitos pensam, a energia nuclear é a mais limpa que existe, não lançando gases nocivos ao meio ambiente na produção de energia e também não inunda grandes áreas de floresta ou qualquer outro habitat como a hidrelétrica. É claro que há o problema do lixo radioativo, que não é pequeno, mas que pode ser solucionado. Outro ponto que faz muitas pessoas torcerem o nariz para a energia nuclear é a possibilidade de acidentes nucleares. Esta possibilidade é muito pequena, pois existem milhares de condições de segurança que uma usina tem que seguir para continuar em funcionamento. Além disso, vários países utilizam á anos a energia nuclear sem ter nenhum grande problema. A França, nos últimos anos, adotou completamente o modelo nuclear de obtenção de energia e nós não vemos no noticiário nenhuma notícia de algum vazamento, por menor que seja nesse país. Os dois casos mais famosos de acidentes nucleares - Three Mile Island, nos Estados Unidos e Chernobyl na Ucrânia - foram ocasionados por falhas humanas, por funcionários que não cumpriram com suas obrigaçoes, por governos que deixaram de investir na usina ou por simplesmente ignorar completamente os riscos da usina. Em uma usina bem supervisionada, com recursos suficientes e com funcionários bem treinados, o risco de acidente é de praticamente zero e quando este "praticamente zero" acontece é um vazamente controlado que não causa danos á população. Por isso eu sou um dos defensores das usinas nucleares que produzem muito mais energia com menos recursos e que podem se aperfeiçoadas, mas para isso devem ser liberadas e, após essa liberação, terem um controle rígido. Se ficarmos como esses grupos ambientalistas que apenas criticam a energia nuclear mas não apresentam nenhuma proposta viável para substituí-la, não vamos poder discutir isso e ficaremos para trás, tanto no desenvolvimento como no meio ambiente. É verdade também que a energia nuclear é mais cara que outras, mas isso também pode ser melhorado ao passo que as usinas começem a fucionar, e também num país com o tamanho do Brasil, não precisamos nos prender a uma fonte energética apenas, podemos diversificar de acordo com as características de cada região, o que não se pode é descartar uma opção tão boa como a nuclear por puro preconceito ou completa ignorância do assunto. E além de tudo isso é bem melhor usarmos a radioatividade para fazermos energia do que para fazermos bombas.

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