terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Abemus novo país!

Antes de mais nada um feliz 2011 para todos!

O primeiro post do ano tem a ver com um momento histórico. Neste domingo dia 09/01 começou a votação do referendo que pode criar um novo país no mundo: o Sudão do Sul. A votação vai até o dia 15/01 e a expectativa é de que realmente ocorra a independência. Desde sua independência, em 1956, o maior país da África teve vários conflitos internos. Diferenças culturais e religiosas fizeram diferentes regiões brigarem entre si. O Sudão do Sul, de maioria cristã e culturalmente africano, revoltou-se com o norte, de maioria islâmica e culturalmente árabe, além disso, na região sul do país, que ganhou autonomia no início de existência do Sudão, foi descoberto petróleo, o que fez com que houvesse uma pressão maior pela centralização do poder, piorando ainda mais a guerra. Os conflitos se itensificaram quando o atual presidente do país, Omar Hassan Al-Bashir, assumiu o poder depois de um golpe de Estado e obrigou a todo o país a seguir as leis islâmicas. Regiões com predominância de maioria cristã ou de crenças tradicionais africanas se rebelaram ainda mais e a guerra civil aumentou. Além do Sudão do Sul, a região de Darfur, oeste do país, também se revoltou, mas lá houve criação de milícias que eram favoráveis a Cartum e com isso ocorreu um massacre classificado por muitos como genocídio (mais de 300 mil pessoas morreram). Por conta disso, o presidente do Sudão foi indiciado pelo Tribunal Internacional de Haia e foi o primeiro chefe de Estado a ser condenado a prisão pelo Tribunal, prisão que obviamente nunca foi feita. Após tantos anos de guerras, em 2005 os conflitos cessaram no Sudão do Sul, e como parte dos acordos de paz, um referendo foi marcado para 2011 com o objetivo de deixar a população votar e decidir se quer ou não a independência. Como a maioria da população é analfabeta, as cédulas tem duas figuras para que as pessoas decidam: uma mão para independência e duas mãos dadas pela manutenção da união. O grande temor é de que com a independência sentimentos de ódio contra "árabes" no sul e "africanos" no norte aumentem e o possível governo do novo país já pediu ajuda internacional para resolução destes problemas. A região de Darfur continua como parte do Sudão, mas também tem movimentos separatistas.

Dados sobre o novo país


Bandeira do Sudão do Sul

Nome oficial: Sudão do Sul
Área: 619.745 km²
População: 8.260.490*
Línguas oficiais: Árabe e inglês (outras línguas regionais são reconhecidas)

*Os dados sobre população são imprecisos, para os governantes do Sudão do Sul a população é de cerca de 11 a 13 milhões.

Outros posssíveis países

Novos
países podem surgir nos próximos anos, veja abaixo uma lista do que podem ser novas atualizações em seu atlas:

Palestina (Ásia - Oriente Médio)
A região briga por sua independência desde a criação de Israel, em 1945, mas os conflitos com o vizinho não parecem estar perto do fim.

Kosovo (Europa - Parte da antiga Iuguslávia)
Jé é reconhecido por grande parte dos países, mas a Rússia impede sua entrada na ONU

Somalilândia (Chifre da África)
É parte da Somália oficialmente, mas se auto declara independente. Esta região é um oásis de tranquilidade dentro da Somália. Enquanto o Somalilândia tem um governo democrático instaurado, a Somália não tem governo e é um dos países mais hostis do mundo.


Chipre do Norte (Mediterrâneo)
De maioria turca, parte norte da ilha do Chipre é reconhecida apenas pela Turquia.

Groenlândia (Ártico)
A maior ilha do mundo almeja a sua independência e sua população já disse sim. Em um referendo sobre o autogoverno da ilha, 75% da população (cerca de 20 mil pessoas) votaram no sim. Nos próximos anos é esperado maior autonomia do lugar com uma possível independência em um futuro próximo.

Catalunha, País Basco e Galícia (Espanha)
A Espanha nunca foi um país só. Suas regiões brigam até hoje por independência e houve até guerra civil. Hoje o ETA (grupo terrorista basco) ainda luta com armas, mas é na política que as batalhas acontecem na maior parte do tempo.

Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte (Reino Unido)
O Reino Unido nunca foi propriamente unido também. A Escócia há tempos pede referendos pedindo separação e o caminho da independência parece mais certo. País de Gales não tem tanta vontade de se ver livre assim e a Irlanda do Norte tem conflitos religiosos entre católicos e protestante que empurram uns para a união com a República da Irlanda e outros para manutenção do status quo.

Ex-repúblicas soviéticas
Os locais onde a União Soviética existia estão cheios de movimentos separatistas. O que ganhou maior notoriedade foi o da Ossétia do Sul, que declarou independência da Geórgia com apoio da Rússia e assim gerou uma guerra entre os dois países. Partes da Moldávia, Azerbaijão, outras regiões da Geórgia e da própria Rússia também almejam serem livres.

Coréia
Um dos poucos casos de união. No último ano as duas coréias se aproximaram e depois criaram mais conflitos políticos. Não se sabe ainda se o "casamento" vai acontecer ou se a Guerra da Coréia, que ocorreu na década de 1950, vai recomeçar. O fato é que os dois países na verdade deveriam ser um e pode ser que isso aconteça nos próximos anos, ou décadas.

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