Este é um post do blog "Assim, como você" que estou repassando. Eu não sou ateu, sou agnóstico, o que quer dizer que para mim, nossa razão e conhecimento não podem (e provavelmente nunca poderão) provar a existência ou a inexistência de Deus ou de qualquer outro ser superior, ou seja, é tudo questão de fé. Para um ateu ou um teísta, há sempre uma certeza (Deus existe ou deus não existe) para um agnóstico só há dúvidas. No entanto sou mais inclinado para o ateísmo do que para o teísmo, mas, como a própria definição de ser agnóstico diz, eu não tenho certeza de nada. Enfim, achei interessante e válidos os argumentos do autor e estou repassando, enjoy!
1) Você se torna mais independente
Uma coisa é certa, quando você acredita em Deus na verdade você está barganhando com ele. Você troca um pouco da sua liberdade, seu cérebro e fidelidade e recebe em troca uma proteção divina, um Amor infinito e um preenchimento espiritual, coisas que na minha vida inteira de cristão só ficaram no papel. Quando você se torna ateu, deixa de depender de um ser invisível para tomar conta de sua vida e passa a controlá-la você mesmo. É normal durante um tempo você sentir um “vazio por dentro”, mas ele pode ser facilmente preenchido com álcool, mulheres e bons amigos, coisas que você nunca vai encontrar enquanto for religioso.
2) Você passa a temer coisas de verdade
Se eu pudesse fazer uma lista com as coisas que os religiosos mais temem, com certeza as trêsprimeiras seriam Inferno, Deus e Ateus. Quem tem consciência de seus problemas e sabe que forças ocultas não os resolvem entende que temer que cortem sua luz faz com que você arranje dinheiro e pague a conta de luz. Se você religioso estacionou na vaga de deficientes e acredita que por isso Deus vai mandar 15 meteoros flamejantes em cima da sua casa com sua mulher e filhos dentro, então é melhor e mais lucrativo que você começe a usar toda esta paranóia para escrever livros de suspense, isto é, se você não achar que livros de suspense seja um pecado menor e mereça apenas 8 meteoros.
3) Começa a achar engraçadas (ou não) pessoas de quaisquer religião
Para um ateu não há prazer maior do que invalidar argumentos (se é que podem ser chamados assim) de religiosos. É algo que complementa nossas vidas. Quando chega um religioso pseudo-intelectual dizendo “Ahh, se Eva não tivesse caído na tentação do fruto, hoje todos nós estaríamos blá blá blá…” e você, ateu consciente, ouve aquilo, já até esboça um sorriso na cara. Depois de um tempo passa até a duvidar de que realmente acreditava nestas coisas, e nunca imaginaria que seus antigos amigos religiosos poderiam ser tão hilários…
4) Acredita na Ciência
Chega até ser triste, mas ainda vemos que no século XX encontramos pessoas que estudaram na vida, fizeram curso superior (algumas até doutorado) e mesmo assim dizem coisas como “É provável que Deus tenha criado todos os seres-vivos do planeta…”. Porra, se já existem dezenas de teorias cintíficas (sim, dezenas) que explicam o surgimento da vida na Terra, o surgimento do Universo e até coisas aparentemente inexplicáveis como reencarnações, astrologia, curas espirituais e outras besteiras já invalidadas, porque é que pessoas estudadas insistem em martelar esta mesma tecla? Se a ciência não explicou hoje, pode ser que explique amanhã. E as religiões fazem papel de “oniscientes” sobre estes assuntos, muitas vezes até contra seus princípios. Mas eu acredito que todo o esforço das religiões em explicarem como funciona o mundo são ínfimos perto do que a ciência pode proporcionar, e isso torna ateus pessoas comprovadamente mais sabidas do que religiosos.
5) Confia mais nas pessoas
Seguir a risca o “ter fé em Deus” implica em crer que apenas ele é um ser totalmente confiável. Existem inúmeros exemplos de histórias fantásticas que nascem nos sermões de pessoas que confiaram em outras e se deram mal, mas começaram então a confiar apenas em Deus e se tornaram ricas e felizes. A vida contém desilusões, é humano creditar confiança aos outros e também é humano abusar desta confiança e magoar alguém. Porque errar é humano. Religiosos tentam ser pessoas perfeitas e por isso nunca aprendem com seus erros, a não ser que uma conicidência ridícula (que eles logo associam com Deus) os façam mudar de opinião. Esta busca pela perfeição os fazem dar crédito apenas a um ser que julgam ser perfeito: Deus. Todas as pessoas então passam a serem exemplos de impefeição que os religiosos insistem em querer “ajudar”, quando na verdade querem corrigir e fazer uma média com o deus deles. Ateus confiam apenas nas pessoas e por terem experiência nisso acabam encontrando gente confiável de verdade para ter como amigo ou só como conhecido mesmo. Eu em uma vida religiosa nunca tive tantos amigos de verdade como em apenas dois anos de ateísmo.
6) Age mais por vontade do que por obrigação
A liberdade que uma vida ateísta proporciona faz com que você tome decisões que na maior parte das vezes vão levar em conta primeiro sua vontade, pra depois levar em conta a obrigação. Qualquer religioso usa um espécie de “filtro Deus” pra tomar atitude sobre qualquer coisa. Se a turma vai sair para encher a cara e convida o cara religioso pra ir junto, este vai com certeza pensar “será que Deus aprova isso?”. No final das contas o pessoal vai beber até cair, alguns vão vomitar, outros vão ficar de frescura, mas o religioso não vai curtir plenamente como todos estão curtindo, por acreditar que aquilo que estão fazendo é errado. Como já disse antes, acreditar em Deus é o mesmo que barganhar com Deus. O ateu não precisa de um “Pai celestial” para mantê-lo na linha, pois conhece seus limites como pessoa, e também sabe que não deve nada a Deus por, obviamente, saber que ele não existe.
7) você se torna mais tolerante
Pegando o gancho do item anterior, o ateu não acredita que um “ser superior” dite as regras da sociedade. Ele vai ter seu próprio julgamento sobre o que é certo e o que é errado, diferente do religioso que basicamente teve sua opinião formada pelo sacerdote da sua igreja qualquer. Um ateu tem o direito de achar certo ou errado coisas como pena de morte, aborto, pedofilia, estupro, guerras, divórcio, trabalho infantil, comunismo ou o caralho que for, enquanto o religioso vai ter que se contentar (e se contenta, sem pensar) em ser contra todas estas coisas citadas aqui, pois acredita que a sua igreja é a ponte direta entre ele e o senhor-supremo-da-verdade-e-do-Amor-infinito…
Um comentário:
Boa postagem. Daria pra enumerar muito mas tópicos, mas daí seu blog nem teria espaço rsrs
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